sexta-feira, 3 de junho de 2011

Peles de animais proibidas em desfiles



Após polêmicas, projeto de lei ganha destaque
Depois da edição de inverno 2011 do Fashion Rio, em que diversas marcas brasileiras usaram peles de animais como coelho e chinchila (Colcci, no detalhe), o deputado federal Weliton Prado, do PT de Minas Gerais, apresentou em fevereiro um projeto de lei que visa proibir o uso de peles verdadeiras em eventos de moda. Para o político, a criminalização do uso destas peles nos desfiles será uma forma de não incentivar sua comercialização.
O PL (projeto de lei) 684/2011 afirma: Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele.
O projeto foi acompanhado de outro, o PL 689/2011, que prevê a realização de campanhas educativas que sugiram materiais alternativos ao da pele, como tricôs e peles sintéticas. De acordo com o deputado, os projetos fazem parte de um plano de conscientização ambiental. “Essa questão é muito nova no Brasil, as pessoas estão começando a despertar agora para a preservação do meio ambiente e para a proteção dos animais. Aqui no Brasil, não existe nenhuma justificativa para o uso de peles, ainda mais com o nosso clima”, ressalta.

Após aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, as propostas serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois de passarem pelas duas comissões, seguem para avaliação da presidente Dilma. Por possuirem caráter conclusivo, se forem aprovados, viram lei instantaneamente, pois não precisam passar por votação na Câmara dos Deputados.

A medida tem boas chances de ser aprovada, devido aos mais recentes acontecimentos envolvendo marcas como Arezzo, Iódice e Le Lis Blanc, que usaram e foram altamente reprovadas pela população via redes sociais. Arezzo, Colcci e Iódice se comprometeram a não utilizar mais peles naturais, já Le Lis Blanc fez um comunicado no qual garante que todas suas peles possuem certificado e são oriundas de frigoríficos que vendem a carne para fins alimentícios.
Foto: © Agência Fotosite

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